Processo da Transformação Emocional

A – Introdução: aspectos, efeitos e recursos na transformação emocional

Neste post vamos falar sobre o processo da transformação emocional.

O processo que devemos percorrer para atingir a nossa meta: fortalecer o emocional de modo exponencial, e atingir a potência emocional.

Falaremos sobre os aspectos, os efeitos imediatos e os recursos envolvidos na transformação emocional.

A cada tópico, iremos incrementando os elementos para uma compreensão mais apropriada do mundo emocional.

Tal aumento de compreensão, já falamos em post anterior, nos ajudará muito em todo o processo da transformação emocional.

Também, com os incrementos que faremos neste post, você poderá se dar conta de que, aqui, não se trata de coisas que podem ser encontradas no mundo comum.

B – Ideias novas e tópicos não sequenciais

No post A Quem se Destina, escrevemos que neste site você estará encontrando muitas ideias novas.

E recomendamos a você que buscasse não abordar essas ideias como se fossem ideias comuns, ideias vindas da mídia ou da literatura, ou mesmo dos vários ramos da ciência ou da filosofia.

Pois bem, já passamos por algumas dessas ideias novas.

Mas a partir desse ponto do site iremos nos deparar cada vez mais com elas.

Algumas dessas ideias novas estarão muito longe da compreensão, e da visão de mundo, que o ser humano contemporâneo tem.

Em função disso, algumas frases ou parágrafos poderão soar um pouco estranhos a você.

Como estaremos introduzindo toda essa série de ideais novas aos poucos – um pouco aqui, um pouco ali – não nos vai ser possível seguir uma sequência lógica linear.

Necessariamente vão haver idas e vindas, alguma repetição de uma ideia, para a retomarmos e podermos dar a ela um desenvolvimento adicional, etc.

Mais do que isso, em algumas partes do site, daqui para a frente, ao invés de tópicos com assuntos em sequência, você poderá encontrar tópicos que vão parecer, à primeira vista, não ter nenhuma relação com os tópicos anteriores a ele.

Isso vai acontecer porque vamos buscar revelar o que tiver que ser revelado – uma ideia poderosa, um enfoque totalmente novo ou algo assim – repetimos, vamos buscar revelar abordando o assunto por vários enfoques, por vários ângulos.

À primeira vista, esses enfoques ou ângulos poderão parecer não estar relacionados entre si.

Mas tenha um pouco de paciência que, ao cabo e ao final, um quadro majestoso vai começar a se revelar.

Bem, respire fundo e vamos começar!

C – Anatomia geral do mundo emocional

Comecemos, para estudarmos a questão do processo da transformação do nosso mundo emocional, falando um pouco sobre a anatomia geral do mundo emocional.

Sim, você leu direito: anatomia, sim.

Queremos inicialmente chamar a sua atenção para o fato de que toda a nossa vida emocional ocorre – ela existe, processa-se – em parte, em algum local bem determinado do nosso corpo, da nossa anatomia.

Destacamos a expressão em parte de propósito: porque o nosso mundo emocional também existe, ou melhor pode existir, em parte, em outro local que não podemos dizer que faça parte da nossa anatomia.

Quanto à anatomia então, comecemos com o seguinte:

  • a nossa vida emocional ocorre em todos os recantos do nosso corpo, mas concentra-se em certos locais.

Uma analogia com o serviço dos correios pode nos ser bastante útil.

O serviço dos correios tem uma sede matriz, algumas sedes regionais, e diversas sedes filiais.

Mas os veículos dos correios, e os carteiros, vão até todos e a cada um dos endereços.

Então, pode-se dizer que o serviço dos correios ocorre em todos os cantos.

É nesse sentido que é justa a afirmação de que o emocional está em todos os recantos do nosso corpo.

Mas, assim como os serviços dos correios concentram-se na sua sede matriz, nas suas sedes regionais e nas suas filiais – e distribuem-se com os veículos e os carteiros – também o nosso mundo emocional se concentra em certos locais anatômicos, a saber:

  • na parte nuclear do cérebro, chamada cérebro emocional ou sistema límbico
  • na garganta
  • no fundo do peito, altura dos mamilos, bem próximo à medula
  • no plexo solar: confluência de muitos feixes nervosos logo acima da boca do estômago
  • no fígado
  • nos intestinos
  • no sangue

O conhecimento sobre a anatomia é importante principalmente porque, no caminho da evolução, vamos aprender a colocar a nossa atenção num local ou noutro, conforme o momento, e conforme o caso.

D – De baixo para cima e de cima para baixo

Aqui, neste tópico, vamos falar de um princípio que rege o processo real da transformação do nosso mundo emocional.

Chamamos de processo real, aquele através do qual a transformação ocorre de fato.

O princípio é: devemos buscar trabalhar o nosso emocional de baixo para cima e, também, de cima para baixo.

Vamos discorrer um pouco sobre isso, para dar uma noção, ainda que muito aproximada, sobre o que estamos falando.

Consideremos a base do nosso corpo: o períneo, o final da medula, as gônadas, etc.

Há aí muita energia que pode, sob certas circunstâncias, ser liberada em quantidade considerável.

E sendo liberada, pode subir, ou seja, percorrer o nosso corpo no sentido vertical para cima.

Os caminhos exatos que a energia percorrerá não nos interessam neste momento.

Pois bem: essa subida pode gerar muitos problemas – e no ser humano comum geralmente gera.

Pode ser o início de processos que engendram muitas daquelas disfunções, de que tratamos no post que fala sobre o sofrimento humano.

Mas isso não precisa ser sempre assim, ou seja, a subida da energia da base inferior nem sempre precisa gerar problema para nós.

Muito ao contrário, se estivermos bem orientados e bem preparados, essa subida pode ser aproveitada para prepararmos muitas substâncias valiosas e, assim, abrirmos para nós as portas do céu.

Consideremos agora a expressão de cima para baixo.

Aqui é bem mais difícil falarmos sem qualquer vivência comum a que possamos nos referir.

Mas o que você – encantadora leitora ou encantador leitor – deve esforçar-se ao máximo para tentar captar agora é a ideia a seguir.

Assim como há uma espécie de energia que brota, por assim dizer, do extremo inferior do nosso tronco, também há uma energia que jorra, por assim dizer, do extremo superior do nosso corpo.

O processo da real transformação depende muito, também, do aproveitamento dessa última energia citada.

E – Reações mecânicas e ações conscientes

Sobre o processo da real transformação do nosso emocional, podemos dizer que ele é, também, e sob certo ponto de vista, o processo da transformação das reações mecânicas em ações conscientes.

Comecemos com as reações mecânicas.

O funcionamento do mundo emocional do ser humano comum é reativo. Ocorrem os fatos no mundo e o seu emocional reage a eles.

E reage de acordo com padrões que foram  – eles, os padrões – aprendidos sabe-se lá onde, sabe-se lá quando.

E foram aprendidos de pessoas cujo emocional era também reativo.

Por favor, pense nisso: a culpa não é dos nossos pais, dos nossos avós, bisavós, etc.

A coisa vem de muito, mas muito longe mesmo; está entranhada na civilização. É como que uma sina coletiva.

Mas nós, individualmente, podemos nos dar conta do que está acontecendo e, através de esforços apropriados e bem orientados, tomarmos providências para escapar disso.

E escapar significará, necessariamente, que as nossas manifestações emocionais se transformarão em ações conscientes.

A partir de então, eu não mais reajo: eu ajo!

Não sou mais movido tão somente pelos acontecimentos do mundo, mas passo a ter de fato uma mão no jogo.

Não é mais o mundo que controla a minha reação emocional, mas sou eu que controlo a minha ação emocional.

A minha ação emocional, aqui, significa: na esfera emocional sim, mas também na esfera mental, e na esfera corporal.

A mudança de uma situação para a outra – de reações mecânicas a ações conscientes – não ocorre de um dia para o outro.

Demandará um bom tempo, porque será necessário muito estudo e bastante empenho, e a realização de muitas práticas de diversas naturezas.

Mas com certeza valerá a pena, porque muitas outras coisas estarão mudando ao mesmo tempo, coisas que mudarão o nosso destino, o destino do nosso Ser, para todo o sempre.

F – Frentes de atuação: a psicologia do ser e a cosmologia do ser

Temos feito certas afirmações contundentes – por exemplo, a última frase do tópico anterior.

Você poderá estar se perguntando: como o autor pode ser tão enfático?

Em que se baseia, para ter tanta certeza de que a transformação se dará e, mais que isso, se dará na magnitude em que ele descreve?

No tópico O requisito da compreensão, do post Base Emocional e Sofrimento Humano, falamos a respeito do trabalho sobre o emocional aqui no Grupo.

Dissemos que não se trata de terapia psicológica; que o trabalho aqui vai muito além do âmbito da psicologia do ser. Agora vamos poder desenvolver melhor essa ideia.

Atuamos em duas frentes: a psicologia do ser e a cosmologia do ser.

Essas expressões irão sendo mais bem compreendidas por você, à medida que avançarmos; mas vamos, já aqui neste tópico, procurar dar alguma noção a respeito.

Relembremos a figura da estrutura geral do ser. Há a cobertura e existem as três bases.

Há um trabalho que pode ser feito nas três bases: com cada uma das bases, e com a relação entre elas.

Esse trabalho é o que chamamos de psicologia do ser.

Sua principal característica: é um trabalho que demanda apenas um nível intermediário de consciência.

O tema da consciência será extensamente estudado por nós no Grupo.

E há outro trabalho que pode ser feito na cobertura, e na relação entre a parte mais alta das três bases e a cobertura, o ponto de encontro entre ambas, digamos assim.

Esse trabalho é o que chamamos de cosmologia do ser.

Demanda um nível de consciência mais alto, um nível de consciência que o ser humano comum raramente acessa; e quando o faz, é por tempo muito curto, e de forma muito superficial.

O trabalho no nível da psicologia do ser propicia a limpeza emocional, e a formação de novos hábitos emocionais.

O trabalho no nível da cosmologia do ser forma e consolida a fortaleza emocional.

São duas frentes de atuação, necessárias e complementares.

G – Efeitos fisiológicos da transformação emocional

O processo da transformação emocional que estamos tratando neste post gera muitos efeitos.

Alguns deles funcionarão, no futuro, como um alicerce sobre o qual prosseguiremos para voos mais altos no nosso trabalho.

Mas outros efeitos, que o processo da transformação traz, podem ver verificados de imediato: a cada prática, a cada esforço nosso.

Esses efeitos imediatos são de dois tipos. O primeiro deles, os efeitos fisiológicos:

Alterações na respiração

A nossa respiração gradativamente vai se modificando.

Vai tornando-se mais compassada, menos acelerada.

E vai se tornando mais profunda, ou seja, sorvemos a cada vez uma maior quantidade de ar.

Como consequência, passamos a retirar do ar que inalamos uma quantidade maior de substâncias muito finas, substâncias de que necessitaremos nas próximas etapas, mais avançadas, do trabalho.

Ao mesmo tempo, essas substâncias mais finas já mudam todo o nosso padrão fisiológico de imediato, como segue abaixo.

Alterações no tônus muscular

Toda a nossa musculatura – incluindo os grandes, os médios, os pequenos e os minúsculos músculos do nosso corpo – vai se tornando cada vez mais relaxada; a tensão crônica vai desaparecendo.

Além de relaxados, e também por isso, os músculos passam a ter um tônus, uma força de resposta, muito melhor: quando têm de trabalhar, têm mais força, mais elasticidade, uma resposta mais pronta e mais eficaz.

Note-se que não estamos falando apenas dos grandes músculos, aqueles sobre os quais se trabalha numa academia de ginástica. Nem estamos falando apenas da musculatura sobre o controle da nossa vontade.

Estamos falando de todos os músculos.

Isso inclui todos os músculos que controlam os nossos movimentos no espaço, voluntários ou não.

Mas inclui também, e isso é muitíssimo importante, todos os nossos movimentos internos do corpo. Movimentos que controlam o funcionamento de toda a nossa fisiologia.

Alterações no sangue

Aqui temos dois tipos de alterações.

Por um lado, a velocidade e o alcance da circulação sanguínea mudam.

O sangue passa a circular um pouco mais devagar e vai mais longe, digamos assim; preenche melhor os capilares menores.

Além disso, há outra alteração muitíssimo importante. A qualidade do nosso sangue muda.

Lembra que falamos que o emocional também está no sangue?

Nosso sangue passa a ter novas propriedades: químicas, físicas e cósmicas.

Sobre as propriedades químicas e físicas nem precisamos falar. Você com certeza é capaz de bem se representar do que se trata.

Mas sobre as propriedades cósmicas, vai aqui uma indicação: o atrito do líquido sanguíneo com a parede dos vasos gera eletricidade; essa eletricidade, sob certas condições, gera um campo eletromagnético.

H – Efeitos energéticos da transformação emocional

O segundo tipo de efeitos, dentre os efeitos imediatos da transformação emocional, são os efeitos energéticos.

Falamos sobre os tipos de energia em outro ponto, neste site.

Por ora, basta entender que a proporção entre as energias menos poderosas, e as mais poderosas, forma a nossa matriz energética.

E também entender que uma mudança, para melhor, na nossa matriz energética gera, por si só, alterações importantes no nosso funcionamento, a saber:

Maior vitalidade

A palavra vitalidade, aqui, significa força para realizar as funções vitais.

As funções vitais incluem:  o metabolismo do ar e dos alimentos, em todas as suas fases até a excreção; a circulação do sangue, ou seja, o bombeamento do sangue arterial, e o retorno do sangue venoso; a imunologia; a produção hormonal; a regeneração celular; a manutenção da temperatura do corpo; etc.

Termos uma maior vitalidade, significa que essas funções vitais se processam de modo mais aperfeiçoado, em nós.

Obviamente, isso significa condições de saúde no mais alto grau.

Maior disposição

A disposição pode ser definida como a nossa capacidade para iniciarmos uma tarefa – seja ela física, emocional ou mental – e mantermos os nossos esforços nela.

E mantermos, mesmo depois de já passado algum tempo que começamos, e mesmo depois de toda a resistência oferecida pela própria tarefa, ou pelo mundo ao redor.

Muitas pessoas não se dão conta de que parte do seu insucesso em certas áreas da vida, vem justamente do fato de que têm pouca disposição.

Começam algum trabalho e logo se irritam, logo se cansam, logo desistem.

Com a transformação emocional, a nossa disposição muda muito, e para melhor.

E isso cria uma espiral ascendente, um ciclo virtuoso: maior disposição, mais sucesso…; mais sucesso, maior disposição… E assim por diante.

Maior clareza mental

A clareza mental aqui significa a facilidade com que a nossa mente apreende e processa as informações, e os aspectos mais sutis de uma situação.

Com a mudança energética, a nossa clareza mental aumenta muito.

E uma mudança significativa, na nossa clareza mental, muda toda a nossa vida.

Irradiação emocional calorosa

O que é irradiação emocional? Uma imagem pode nos ajudar a compreender bem.

Imagine que você está no metrô. De olhos fechados, percebe que em você há calma e tranquilidade.

Alguém se senta ao seu lado; você, de olhos fechados ainda, não está vendo a pessoa.

E você continua a respirar tranquilamente.

De repente, começa a perceber o estado emocional da pessoa: está denso, pesado, escuro ou, ao contrário, está caloroso, efusivo, quente, para cima…

Você percebeu a irradiação emocional da pessoa.

Com a transformação emocional, a nossa irradiação torna-se calorosa.

Todos os efeitos de que estamos falando, neste tópico e no tópico anterior, são efeitos que se acumulam com o tempo e com o renovar das práticas.

Mas, repetimos: todos eles são sentidos de imediato; a cada prática, a cada sessão de práticas.

I – Mudanças no tempo e mudanças na eternidade

Alguém já escreveu certa vez:

“no mundo há dois mundos: um deleite, outro dor; duas pontas em um dardo: interior e exterior.”

Estava se referindo aos dois lados do mundo.

Esses dois lados recebem muitos pares de nomes: nas tradições e na filosofia.

Entre esses pares de nomes há um que muito nos interessa aqui: tempo e eternidade.

O que precisa ser compreendido é que, no processo da transformação do nosso mundo emocional, há mudanças que ocorrem no tempo.

Ocorrem na base da estrutura do nosso ser.

São essas as mudanças com que se ocupa a ciência dos homens: a medicina, a psicologia, a sociologia, a química, a física, etc.

No ser humano, são as mudanças que ocorrem nas capacidades e no funcionamento dos seus centros de inteligência que chamamos, à falta de nome melhor, de inferiores.

São mudanças na nossa fisiologia, na nossa motricidade, e nas nossas capacidades mentais e emocionais da base.

Mas há mudanças que não ocorrem no tempo; ocorrem na eternidade.

Ocorrem na parte do ser que chamamos, naquela figura que usamos para representar a estrutura geral do ser, de cobertura.

Essas mudanças que ocorrem na eternidade são perenes, ou seja, ficam conosco para todo o sempre.

E, tão importante quanto a sua perenidade, condicionam a nossa vida no mundo, ou seja, refletem-se perenemente na atividade da base.

Falemos uma palavra mais sobre a eternidade, para não ficar parecendo algo etéreo.

Todos nós temos a lembrança bem nítida, de algum fato que ocorreu há muito tempo na nossa vida: às vezes na adolescência, ou na infância, às vezes na mais tenra idade.

E o que é mais surpreendente é que, algumas dessas lembranças, são para nós totalmente vívidas.

Quando alguma dessas cenas nos vêm ao espírito, temos a sensação de estarmos vivendo novamente a situação.

Temos a sensação de estarmos vendo as cores, a luminosidade, às vezes temos a sensação de estar ouvindo os sons, sentindo a brisa, enfim, todo o clima da cena, inclusive o tom emocional da cena.

São fatos que lá, no momento em que ocorreram, entraram para a eternidade, ficaram marcados nela.

J – A mudança aqui é mudança superior, evolução, não é mero desenvolvimento

Há outro aspecto que vale a pena ser ressaltado, a respeito do processo da transformação do nosso emocional.

Aqui não estamos tratando apenas de desenvolvimento, no sentido comum que essa palavra tem no mundo da psicologia da aprendizagem ou da psicologia em geral.

Aqui estamos falando de mudança superior, evolução, mudança que ocorre na parte mais alta do nosso ser.

Estamos insistindo neste ponto, porque é aqui que está toda a diferença.

Tratemos de comparar os dois tipos de mudança.

As mudanças do tipo desenvolvimento são mudanças cosméticas, superficiais; podem mudar hoje e desmudar amanhã!

São mudanças na parte mais exterior do nosso ser, mudanças na nossa persona ou personalidade.

Esta, a personalidade, é o que não é nosso. É tudo aquilo que adquirimos aqui no mundo: o que aprendemos, as influências que sofremos vindas das outras pessoas, as nossas crenças, os nossos hábitos, etc.

Mas as mudanças que chamamos de superior, evolução, são as mudanças que ocorrem na parte mais interior do nosso ser, mudanças na nossa essência.

A nossa essência é tudo aquilo que realmente é nosso. São as tendências e os potenciais com os quais viemos para esse mundo.

Só esse segundo tipo de mudanças, quando bem orientadas em relação à uma meta definida, é que podemos chamar de evoluçãoTudo o mais é mero desenvolvimento.

K – Conhecimento, energia e dedicação: quem entra com o quê

Falemos agora sobre o processo da sua transformação emocional, do ponto de vista dos principais recursos necessários.

Para que ocorra a real transformação do seu emocional são necessários, e em dose suficiente, três recursos fundamentais: conhecimentoenergia e dedicação.

É necessário um conhecimento realmente muito grande. Um pouco de conhecimento não basta. Tem que ser o conhecimento do todo aliado ao conhecimento das partes, até os mínimos detalhes.

É necessário dispormos de muita energia. Estamos falando de mudança superior. Não só é necessária uma boa quantidade de energia, como é necessário que boa parte dela seja energia de qualidade superior, energia do mais alto nível.

E é necessário também haver muita dedicação. Não se pode pretender alcançar esses níveis de transformação, pensando em duas sessões mensais de quinze minutos cada.

Não, isso não pode ser assim. Será necessária a perseverança, será necessário colocar certa pressão no trabalho.

Bem, quem entra com o quê?

Nós – eu e o Grupo – entramos com o conhecimento. Isso é nossa responsabilidade.

Você entra com a dedicação. É claro que nós também teremos que nos dedicar, mas isso não conta.

A sua dedicação é que colocará o limite à sua evolução.

Quanto à energia, essa será compartilhada por todos nós: você, eu e todo o Grupo.

Você entra com a sua energia, com a melhor que você tiver.

Nós entramos com as nossas energias – mais que isso, entramos com as nossas melhores energias.

Vamos emprestá-las a você, em muitas circunstâncias.

L – Conclusão: o processo da transformação emocional é coisa do outro mundo

Neste post falamos sobre os vários aspectos do processo da transformação emocional.

E isso, tendo em conta o modo como tal processo é compreendido aqui no Grupo.

Também falamos sobre os efeitos imediatos do processo.

Avançamos insistindo que a mudança aqui não é só psicológica, no sentido corrente dado a este termo.

É também mudança que afeta a cosmologia do ser.

Por último, falamos sobre a questão dos recursos necessários ao processo.

E podemos agora concluir, de tudo o que foi dito, que o processo de transformação emocional, do qual temos falado, não é coisa comum.

Não é coisa que pode ser encontrada no mundo comum.

Com toda a certeza, é coisa de outro mundo.

 

E quanto a você? Percebeu as diferenças e as nuances entre os vários aspectos que citamos e o conhecimento comum sobre o mundo emocional? Compreendeu que os efeitos imediatos nos servem como uma bússola para nos guiar no processo? Intuiu, enfim, que a mudança da qual estamos falando não é coisa corriqueira? Que é coisa de outro mundo? Sentiu, por um momento que seja, o perfume deste outro mundo?

 

Entre em contato agora: escreva um e-mail para euclides@grupodecasais-busca-scsc.org

 

Foto: autoria desconhecida

 

4 comentários

  1. Particularmente me identifiquei bastante com esse texto, em especial como nosso emocional fica sujeito ao que acontece conosco e à nossa volta, essa característica reativa. Seria interessante citar alguns exemplos do que são as energias mencionadas, ou esse fluxo de energias, que aparecem em especial no item D. Talvez seja um tópico que foi ou será abordado em outras passagens, mas com certeza desperta a curiosidade.

    1. Olá, H.A.B.S.! No item D – De baixo para cima e de cima para baixo – falamos que há muita energia na base do nosso corpo. E dissemos também que há uma energia que ‘jorra’, por assim dizer, do extremo superior do nosso corpo. Você diz que seria interessante darmos exemplos.
      Sobre a energia que sobe podemos sim dar uma indicação, ou seja, indicar um modo de você, ou qualquer pessoa, ‘perceber’ essa energia se movimentando em você. Num ato sexual, quando estamos muito perto do orgasmo mas não no momento do orgasmo em si, podemos perceber essa energia se ‘soltando’ da parte mais baixa (períneo e adjacências) e começando a subir pela medula. Às vezes só sentimos ela ‘se mexendo’ lá em baixo; às vezes sentimos ela ‘queimando’ no começo das costas, um pouco abaixo da linha da cintura. Às vezes, se estamos com a atenção bem refinada, bem sutil, podemos perceber essa energia subindo pela medula, ou mesmo indo até bem mais acima. A imagem da ‘nadja’, serpente, nas representações egípcias da Antiguidade se refere a esse fenômeno.
      Demos o exemplo acima porque ele permite a qualquer pessoa, sem qualquer preparação especial, perceber essa energia que sobe. Mas uma pessoa com alguma vivência interior poderá, talvez, percebê-la em muitas situações comuns da vida: andando no parque, trabalhando no computador, rindo, espreguiçando-se, tomando banho, etc.
      Quanto à energia que ‘jorra’ da parte superior do corpo, não podemos dar um exemplo aqui. E isso pelo motivo de que, para percebê-la, a pessoa já deve ter um percurso razoável de práticas interiores. Na velho testamento da Bíblia, no livro do Êxodo, isso é referido como ‘o Maná’!
      Espero que tenha esclarecido um pouco mais. Grande abraço!

  2. A irradiação emocional pode ser percebida mesmo à distância? Por exemplo: por telefone ou por uma sensação ao ler um texto?
    Gostaria de algum exemplo prático para poder começar esse processo tão urgente de transformação emocional.
    Grata.

    1. Olá Violeta!
      A irradiação emocional é processo que só se dá a curta distância: poucos metros.
      O que pode ocorrer por telefone é que a voz da outra pessoa – e o conteúdo do que é falado por ela – pode tocar o seu mundo emocional. Isso pode colocar a pessoa ouvinte em outro patamar. E um processo ascendente iniciar-se aí.
      A sensação ao ler um texto pode ocorrer por diversas causas.
      Uma delas é a concentração da atenção. Em certo grau de atenção, ocorre uma mudança no nível de funcionamento das três inteligências de base – a bioenergética, a emocional e a mental. E nesse novo nível, nos sentimos mais inteiros, passamos a perceber com mais facilidade as sensações que sempre estão ocorrendo em nosso corpo. Para que ocorra essa primeira possibilidade, o texto deve ter – e exigir do leitor – no mínimo uma boa qualidade lógica.
      Outra possibilidade: o conteúdo do texto toca um centro de inteligência superior seu; atravessa o seu plano psíquico – com os automatismos da mente e das emoções – e vai direto ao sentimento. Essa segunda hipótese já requer um texto de um nível de qualidade ainda maior.
      Esperamos ter compreendido bem o sentido das suas indagações. Se ficou algo ainda a ser esclarecido, por favor nos acione novamente.
      Quanto a iniciar o processo da transformação emocional, as nossas sugestões estão contidas nos conteúdos dos dois posts seguintes: Busque Sempre Uma Boa Massagem e Viva a Massagem Meditativa!
      Grande abraço!

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