Quando o Sol se levanta, o cume das montanhas se clareia, mas o vale ainda está na sombra. Do mesmo modo, a razão que transcende a condição humana contempla a luz divina, enquanto aqueles que vivem embaixo estão ainda mergulhados na escuridão. Gurdjieff.

A evolução do homem significará o desenvolvimento de certas qualidades e características interiores que habitualmente permanecem embrionárias e que não podem se desenvolver por si mesmas. Ouspensky.

É muito importante encontrar nossa verdadeira vocação na vida. Somente assim se pode realizar o próprio destino. Gurdjieff.

Acima de tudo, você deve sentir a necessidade de conhecer a si mesmo. Você é algo extraordinário e não sabe. É preciso que reconheça que não sabe quem você é e que necessita sabê-lo. Essa abertura é o passo mais importante. Mme de Salzmann.

Sei que não é fácil reconhecer que estamos ouvindo coisas novas. Estamos de tal maneira habituados às velhas cantigas, aos velhos refrões, que há muito deixamos de esperar, deixamos até de crer que possa existir alguma coisa nova. […]  Não posso assegurar que, desde o início, encontrarão aqui ideias novas, isto é, ideias das quais nunca tenham ouvido falar. Mas, se tiverem paciência, não tardarão a notá-las, e desejo-lhes, então, que não as deixem escapar. Ouspensky.

Devemos lutar para nos tornar livres, se quisermos lutar para nos conhecer. Conhecer-se e se desenvolver é uma tarefa de tal importância e seriedade, exigindo tal intensidade de esforço, que tentá-la da maneira habitual, entre outras coisas, é impossível. O homem que empreende essa tarefa deve dar-lhe o primeiro lugar em sua vida, que não é tão longa que ele possa se permitir desperdiçá-la em futilidades. Gurdjieff.

Lembrem-se do motivo por que vieram à Terra. Gurdjieff.

É preciso que reconheça que não sabe quem você é e que necessita sabê-lo. Essa abertura é o passo mais importante. Mme de Salzmann.

O esforço fundamental de todo ser humano deveria ser criar para si uma liberdade interior. Gurdjieff.

O Grande Conhecimento é transmitido sucessivamente, de época a época, de povo a povo, de raça a raça. Os grandes centros de iniciação na Índia, na Assíria, no Egito, na Grécia, iluminam o mundo com uma luz viva. Os nomes venerados dos grandes iniciados, portadores vivos da verdade, são transmitidos de geração a geração. A verdade, fixada por meio de textos simbólicos e lendas, é transmitida às massas para ser conservada sob a forma de costumes e de cerimônias, de tradições orais, de monumentos, de arte sacra, pela mensagem secreta da dança, da música, da escultura e dos ritos diversos. Ela é comunicada abertamente, através de provações determinadas, àqueles que a buscam e é guardada intacta por transmissão oral ao longo da corrente daqueles que sabem. Mas, no fim de certo tempo, os centros de iniciação se extinguem uns após outros e o antigo conhecimento se retira para caminhos subterrâneos, dissimulando-se aos olhos dos buscadores. Os portadores desse conhecimento também se dissimulam, fazendo-se desconhecidos daqueles que os cercam, mas não deixam de existir. De tempos em tempos, vêm à tona correntes isoladas, mostrando que em algum lugar nas profundezas, mesmo em nossos dias, flui a poderosa corrente do antigo conhecimento. Gurdjieff.

Não é importante quanto uma pessoa vive, mas se ela desenvolve algo que pode dar significado para a sua vida. O que você quer na vida? Por que você está sobre a Terra? Mme de Salzmann.

Gurdjieff queria – e talvez essa fosse a sua mais alta vocação – despertar o homem comum para esse algo em si mesmo, de que ainda não tem consciência. Como o fazia, só podemos compreender através do seu trabalho. Casal Olga e Thomaz De Hartmann.

Não se esqueça [no caminho do desenvolvimento de si] de concentrar toda a atenção no que o cerca de perto. Não se ocupe com metas distantes, se não quiser cair no precipício. Entretanto, não se esqueça da sua meta. Lembre-se dela sem cessar e mantenha vivo o seu ardor por atingi-la, para não perder a direção certa. E, tendo partido, esteja atento; o que você atravessou ficou para trás e não tornará a se apresentar: o que não observou num momento dado, não o observará nunca mais. Não seja curioso demais e não perca tempo com o que atrai a sua atenção, mas não vale a pena. O tempo é precioso e não deve ser desperdiçado com coisas sem relação direta com a sua meta. Lembre-se de onde está e por que está ali. Não se poupe e lembre-se de que jamais qualquer esforço é feito em vão. E agora pode iniciar a caminhada. Gurdjieff.

O Caminho pode ser definido como a grande compreensão. […] A ideia de compreensão implica encontrar a verdade das coisas. […] O Caminho é um doce e suave perfume. O perfume de um outro mundo. Paulo Raful e Lauro Raful.

A razão do homem comum não é suficiente para lhe permitir apropriar-se do Conhecimento e fazer dele um bem inalienável. No entanto, essa possibilidade existe no homem. Mas ele deve sacudir primeiro a poeira dos pés. É necessário que faça imensos esforços, que realize um trabalho gigantesco antes de possuir as asas que lhe tornarão possível elevar-se tão alto. É muito mais fácil abandonar-se à correnteza, deixar-se levar de oitava em oitava. Mas é infinitamente mais demorado do que querer por si mesmo e fazer por si mesmo. O caminho é difícil e a subida se torna cada vez mais árdua, mas as forças também aumentam. O homem se torna forte e cada passo faz com que descubra horizontes mais vastos. Sim, essa possibilidade existe. Gurdjjieff.

Cada homem pode fazer tudo que os outros podem fazer. O que um homem pode, todo homem pode. Gurdjieff.

Quanto mais um homem se dá conta dos obstáculos e enganos que o espreitam a cada passo nesse terreno, mais se convence de que é impossível seguir o caminho do desenvolvimento de si segundo instruções dadas ao acaso por pessoas com que cruza, ou segundo informações colhidas aqui e ali em leituras e conversas fortuitas. Começa, ao mesmo tempo, a distinguir, de início como um tênue clarão, depois cada vez com mais clareza, a luz viva da verdade que não cessou de iluminar a humanidade através dos tempos. As origens da iniciação se perdem na noite dos tempos. De épocas em épocas, surgem culturas e civilizações saídas das profundezas dos cultos e dos mistérios, que, em perpétua transformação, aparecem e desaparecem para reaparecer novamente. Gurdjieff.

Feliz aquele que tem uma alma. Feliz aquele que não a tem. Infelicidade e sofrimento para aquele que só tem a semente dela. Gurdjieff.

Uma vez que se colocou os pés no caminho, como se pode recuar dele para algo inferior? Se você se mantém firme, quedas não importam; levanta-se de novo e continua-se em frente. Se você é firme em direção ao objetivo não pode haver nenhum fracasso definitivo no caminho para o Divino. E se há algo dentro de você que o impulsiona, como certamente há, vacilações ou quedas ou falta de fé não fazem nenhuma diferença decisiva. Tem-se que continuar até que a luta tenha passado e haja o caminho reto e aberto e sem espinhos diante de nós. Aurobindo.

O homem [comum] não é livre nem em suas manifestações nem em sua vida. Não pode ser o que gostaria de ser nem mesmo o que acredita ser. Não se parece com a imagem que faz de si mesmo e as palavras ‘coroa da criação’ não se aplicam a ele. “Homem” – isso soa altivamente, mas devemos nos perguntar de que espécie de homem se trata. Não certamente do homem que se irrita com ninharias, que dá atenção a questões mesquinhas e se deixa envolver por tudo que o cerca. Para ter o direito de se chamar homem, é necessário ser um homem e ‘ser um homem’ só é possível graças ao conhecimento de si e ao trabalho sobre si, nas direções que esse conhecimento de si lhe revela. Gurdjieff.

Aquele que escolhe o Infinito foi escolhido pelo Infinito. Aurobindo.

Aqui não há russos, nem ingleses, nem judeus, nem cristãos. Há somente homens que perseguem a mesma meta: tornarem-se capazes de ser. Gurdjieff.   

Não viemos a este mundo apenas para batalhar como escravos, bem ou mal pagos, pela nossa sobrevivência. Todos nós pressentimos que temos enormes possibilidades, ainda que desconhecidas, a serem desenvolvidas. Talvez seja esse o sentido básico da nossa vida. Paulo Raful e Lauro Raful.

Onde você estiver, é sempre o início. É por isso que a vida é tão bela, tão jovem, tão virgem. Osho.

O Quarto Caminho, o ensinamento do Sr. Gurdjieff, tem como preocupação fundamental a compreensão de princípios. Visa, antes de tudo, compreender os princípios do universo, os princípios do ser humano, os princípios da vida. Paulo Raful e Lauro Raful.

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas. Sun Tzu.

Ama a ti mesmo e esteja atento – hoje, amanhã e sempre. Primeiro estabelece a ti mesmo no caminho, depois ensina aos outros, e assim derrotarás o sofrimento. Para corrigir o desonesto terás primeiro que fazer uma coisa difícil: corrigir a ti mesmo. Tu és teu único mestre: quem mais? Subjugue a ti mesmo e descobre o teu mestre. Dhammapada.

Crescer espiritualmente é a maior ajuda que alguém pode dar aos outros, pois, a partir dele, flui naturalmente algo que ajuda aqueles que estão à sua volta. Aurobindo.

As condições nas quais nos encontramos são o resultado do que pensamos; permanecem fundamentalmente na mente, são forjadas por ela. Se um homem fala ou atua com a mente pura, a felicidade o segue como a sua sombra inseparável. Dhammapada.

Gurdjieff não está mais entre nós, mas seu Trabalho conosco continua, enquanto não nos esquecermos de suas palavras: “Lembrem-se do motivo por que vieram à Terra”. Mme De Salzmann.

Todo o segredo está em que não se pode trabalhar para a vida futura sem trabalhar para esta vida. Gurdjieff.

Lembre-se da sua alma e da aspiração dela: o Sol vai nascer, isto é certo. Mira Alfassa, a Mãe.

Morrer para o antigo eu é necessário para um novo nascimento. Mme de Salzmann.

Para o homem a mais alta realização é ser capaz de fazer. Gurdjieff.

Saia à noite, sob um vasto céu estrelado, e levante os olhos para esses milhões de mundos acima da sua cabeça. Em cada um deles provavelmente formigam bilhões de seres semelhantes a você, talvez de constituição superior. Olhe a Via Láctea. A Terra sequer pode ser chamada de grão de areia nessa infinidade. Ela se dissolve, e desaparece e, com ela, você também. Onde está você? Quem é você? Que quer você? Aonde quer ir? O que você empreende não será pura loucura? Diante de todos esses mundos, interrogue-se sobre suas metas e suas esperanças, suas intenções e seus meios de realizá-las, sobre o que pode ser exigido de você, e pergunte a si mesmo até que ponto está preparado para responder a essas perguntas. Espera-o uma viagem longa e difícil; você se dirige a um lugar estranho e desconhecido. O caminho é infinitamente longo. Você não sabe se poderá descansar nem onde isso será possível. Gurdjieff.

 

Entre em contato agora: escreva um e-mail para euclides@grupodecasais-busca-scsc.org

 

Foto: autoria desconhecida

2 comentários

  1. “Para corrigir o desonesto terás primeiro que fazer uma coisa difícil: corrigir a ti mesmo.”

    Vemos a ausência disso hoje em nossa sociedade. O que chamamos de hipocrisia: defender uma coisa mas praticar outra.

  2. Uma das citações desse post, palavras do Sr. Gurdjieff, diz:

    “O homem [comum] não é livre nem em suas manifestações nem em sua vida. Não pode ser o que gostaria de ser nem mesmo o que acredita ser. Não se parece com a imagem que faz de si mesmo e as palavras ‘coroa da criação’ não se aplicam a ele. “Homem” – isso soa altivamente, mas devemos nos perguntar de que espécie de homem se trata. Não certamente do homem que se irrita com ninharias, que dá atenção a questões mesquinhas e se deixa envolver por tudo que o cerca. Para ter o direito de se chamar homem, é necessário ser um homem e ‘ser um homem’ só é possível graças ao conhecimento de si e ao trabalho sobre si, nas direções que esse conhecimento de si lhe revela.”

    A esse respeito, certa vez escrevi informalmente as seguintes palavras para uma amiga minha, pessoa interessada no trabalho interior:

    “COMO DEIXAR DE SER UMA MÁQUINA

    Nosso modo de vida “normal”, isto é, a vida do homem comum é uma vida de “máquinas”. O que quer dizer?
    Quer dizer que tudo o que faço, sinto e penso é resultado de alguma influência “vinda de fora”, mesmo que distante, mesmo que tão indireta que eu não vejo a origem. Nós não percebemos isso, e cremos que somos seres autônomos, com vontade própria.

    Exemplificando. Suponha que eu acordo indisposta, sem saber por quê, tive um sonho mau. Sou influenciada por aquilo: no trabalho não consigo pensar direito, cometo erros; quando alguém faz uma coisa desastrada sou agressiva com aquela pessoa; tomo decisões emocionais…etc, etc
    Então, recebo uma ligação ou mensagem de alguém me elogiando… Meu humor muda de imediato. Cuido dos meus bichos e plantas, doo generosamente uma quantia em dinheiro para um pedinte… E assim por diante. Eu não estou “me” dirigindo na vida, mas estou “sendo dirigida ” pelo acaso, por qualquer coisa…

    Então, para começar um trabalho sobre si mesmo é preciso, primeiro, reconhecer esse estado de coisas! Porque enquanto eu estou iludida crendo que “tenho vontade própria e sou bem dona do meu nariz”, eu não vou me esforçar para mudar nada… No máximo eu vou me queixar de que o mundo é mau, quando as coisas não ocorrerem como eu desejo.

    Ora, para poder reconhecer essa realidade do nosso ser é preciso “observar-se”, constatar que funcionamos assim.
    Para essa auto-observação, que é o início de tudo, o sr. Gurdjieff nos deu a ciência dos “Centros” ou centrais de funcionamentos que compõem todo ser humano: Centro Mental, Emocional, Instintivo, Sexual e Motor. Esses 3 últimos, que ficam localizados no abdôme, para facilidade no ensino, ele englobou em um só: Fisiológico-Motor. Do Centro Sexual ele nos falou pouco, não por ser menos importante, mas, ao contrário, por ser o mais sutil e mais difícil de trabalhar.

    Então começamos a nos observar e observar… A “atenção” passa a ser o nosso centro de gravidade, chamando para um aprofundamento da consciência. Consciência de quê? De como a nossa vida acontece, autoconsciência.
    Ora, uma “máquina” que sabe que é máquina, deixa de ser máquina… A consciência que aumenta em nós, pouco a pouco, passa a ser agente de transformação… Na verdade, ela é a única coisa que pode fazer com que deixemos de ser autômatos, folhas levadas pela correnteza do rio… A autoconsciência nos torna humanos de fato, e, por esse simples fato, nos conduz a Deus.”

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