Escola Iniciática: Orientação e Apoio

Um crescimento interior, uma mudança de ser, dependem inteiramente do trabalho que é necessário fazer sobre si. Gurdjieff.

Devemos partir da ideia de que sem esforços a evolução é impossível e de que, sem ajuda, é igualmente impossível. Ouspensky.

Hoje é o que é, porque ontem foi o que foi. E se hoje é como ontem, amanhã será como hoje. Se quiserem que amanhã seja diferente, deverão tornar hoje diferente. Gurdjieff.

Para conseguirmos isso [juntar as duas naturezas que constituem o nosso ser], precisamos de fato ter acesso ao conhecimento daqueles que através dos séculos tornaram-se conscientes, que obtiveram essa união e procuraram transmitir todo o seu conhecimento verdadeiro – conhecimento esse que não pertence ao nível da vida e que não pode ser encontrado em universidades. Michel Conge.

O mestre espiritual pode ser considerado como alguém que já tem um certo percurso nesse caminho, e acumulou experiência suficiente para transmitir a outros o que ele vivenciou. […] É simplesmente, de maneira bem concreta, alguém que tem uma experiência rica nesse tipo de busca, de inquietação. Paulo Raful e Lauro Raful.

O tempo é precioso e não deve ser desperdiçado com coisas sem relação direta com a sua meta. Gurdjieff.

Abrir passagem até essa corrente [a do antigo conhecimento], encontrá-la, é a tarefa e o objetivo da busca; porque, depois de tê-la encontrado, o homem pode confiar-se com audácia ao caminho em que se engaja; em seguida, resta-lhe apenas ‘conhecer’ a fim de ‘ser’ e de ‘fazer’. Nesse caminho, o homem não estará inteiramente só; nos momentos difíceis, receberá apoio e orientação, porque todos os que seguem esse caminho estão ligados por uma cadeia ininterrupta. Gurdjieff.

E nisso [na procura incansável pelos caminhos autênticos], como no conhecimento de si, o princípio que já mencionei continua soberano: ‘Para fazer, é preciso saber, mas, para saber, é preciso descobrir como saber’. O homem que busca com todo o seu ser, com o seu ‘eu’ mais íntimo, a verdade desse princípio, chega inevitavelmente à convicção de que, para ‘descobrir como saber a fim de fazer’, deve inicialmente encontrar aquele ao lado de quem poderá aprender o que significa de fato ‘fazer’, quer dizer, um guia esclarecido, experimentado, que se encarregará de dirigi-lo espiritualmente e se tornará o seu mestre. E é nesse ponto que o faro do homem adquire toda a sua importância. Ele escolhe um guia para si mesmo. Naturalmente, a condição indispensável é que escolha um homem que sabe; do contrário, todo o sentido da sua escolha estará perdido. Quem sabe aonde pode conduzi-lo um guia que não sabe?! Todo aquele que busca no caminho do desenvolvimento de si sonha com um guia que sabe. Sonha com esse guia, mas é raro que se pergunte objetivamente: “Sou digno de ser guiado? Estou pronto para seguir o caminho?”. Gurdjieff.

Você precisa de um conhecimento que não é do tipo livresco. Depois a cabeça poderá ser informada por meio da leitura de livros, nos quais você reconhece as suas experiências. O que importa é a percepção direta. Mme de Salzmann.

Conhecer é conhecer tudo; não conhecer tudo é não conhecer. Para conhecer tudo é preciso conhecer muito pouco, mas, para conhecer esse pouco é preciso primeiro conhecer muito. Gurdjieff.

Em suma, esse é o estado de coisas no que se refere ao conhecimento de si: para fazer, é preciso saber – mas para saber, é preciso descobrir como saber; e isso não podemos descobrir sozinhos. Gurdjieff.

Já disse que certos homens têm fome e sede de verdade. Se eles refletirem sobre os problemas da vida e forem sinceros consigo mesmos, logo se convencerão de que não lhes é mais possível viver como viveram, nem ser o que foram até o presente; que precisam a qualquer preço encontrar uma saída para essa situação e que um homem só pode desenvolver seus poderes e capacidades ocultas se limpar a sua máquina de todas as sujeiras que nela se encoscoraram durante a sua vida. Para empreender essa limpeza de maneira racional, é preciso ver o que deve ser limpo, onde e como. Mas ver isso por si mesmo é impossível. Para ver seja o que for dessa espécie, deve-se olhar do exterior; e, para isso, a ajuda mútua é indispensável. Gurdjieff.

Quanto mais um homem compreende o que faz, mais válidos serão os seus esforços. Gurdjieff.

Para fazer o que é difícil, é necessário primeiro aprender a fazer o que é fácil. Não se pode começar pelo mais difícil. Gurdjieff.

Para quem sabe esperar, tudo chega na hora certa. Gurdjieff.

Quando olhamos para trás, só nos lembramos das épocas difíceis de nossa vida, nunca dos períodos de tranquilidade. Esses últimos são sono. Os primeiros são luta e, portanto, vida. Gurdjieff.

Quanto piores as condições de vida, melhores serão os resultados do trabalho – contanto que nos lembremos continuamente do trabalho. Gurdjieff.

À medida que um homem começa a se conhecer, descobre sempre novos domínios de mecanicidade em si mesmo – chamemos isso de automatismo; domínios onde a sua vontade, o seu ‘eu quero’, não tem nenhum poder e onde tudo é tão confuso e sutil, que é impossível ele se achar dentro dessa confusão sem ser ajudado e guiado pela autoridade de alguém que sabe. Gurdjieff.

É impossível dar ao homem seja o que for que possa tornar-se sua propriedade inalienável sem qualquer trabalho da parte dele: uma ‘iniciação’ dessa espécie não existe – infelizmente é assim que se imagina muito frequentemente que ela seja. Só existe a ‘autoiniciação’. É possível indicar e dirigir, mas não ‘iniciar’. Gurdjieff.

É importante trabalhar agora. Agora é a única possibilidade, não mais tarde. Para realizar essa possibilidade algo é exigido de você. Mme de Salzmann.

Só ajude aquele que não é um ocioso. Gurdjieff.

Um trabalho duro é um investimento de energia que rende. O uso consciente da energia é um investimento que dá lucro; o seu uso automático é um esbanjamento inútil. Gurdjieff.

A energia gasta para um trabalho interior ativo se transforma imediatamente em nova reserva. A que é gasta para um trabalho passivo se perde para sempre. Gurdjieff.

Capacidade de observar-se interiormente. Capacidade de esforçar-se continuamente. Vontade firme. Confiança em si. Essas quatro qualidades são indispensáveis para quem tem a intenção de percorrer o caminho espiritual. Paulo Raful e Lauro Raful.

Junte a compreensão do Oriente e o saber do Ocidente – e, em seguida, busque. Gurdjieff.

Ele nos pedia que nos lembrássemos sempre de que nosso objetivo era despertar e de que tínhamos ido até ele por essa única razão. Casal Olga e Thomaz De Hartmann.

Só o sofrimento consciente tem sentido. Gurdjieff.

Lembre-se de que você veio aqui porque compreendeu a necessidade de lutar contra si mesmo. Agradeça, portanto, a quem lhe proporcione a ocasião para isso. Gurdjieff.

Antes de falar com alguém é preciso saber e ver até onde ele pode compreender. Gurdjieff.

Aqueles que sabem [e detêm o conhecimento oculto] só falam quando sabem que quem os escuta, compreende. Gurdjieff.

Tornamo-nos aquilo em que continuamente pensamos. Sêneca.

Não dilapidar as energias em atos exteriores, mas enriquecendo a alma, realizando cada ato com tanta perfeição como se fosse o último. Marco Aurélio.

… Finalmente, se os níveis superiores dos centros [funcionais: do corpo, do sentimento, do pensamento] tornam-se ativos, pode ocorrer um grande evento: essa natureza toda, agora unificada e ordenada, pode começar a servir à natureza superior. A ordem dos sinais é revertida. Melhor ainda: à medida que liberto a mim mesmo das funções, a minha atenção, carregada com novo poder, reúne-se a partir de cada uma das funções. E descubro que uma nova estrutura, gradualmente, vai tomando forma, impregnada com qualidades de pensamento, de sentimento e de sensação que eu não conhecia antes. Essa estrutura – um novo corpo se formando, se condensando, se organizando – é o elemento intermediário que faltava anteriormente, capaz de unificar as naturezas inferior e superior. Michel Conge.

O que tornará o homem capaz de consagrar utilmente o seu tempo à sua busca, senão a liberdade em relação a qualquer apego? Liberdade e seriedade. Não essa seriedade de sobrancelhas franzidas, de lábios cerrados, gestos cuidadosamente medidos, palavras filtradas entre os dentes, mas a seriedade que significa determinação e persistência na busca, intensidade e constância, de modo que, mesmo nos momentos de repouso, o homem prossegue com a sua tarefa principal. Gurdjieff.

Toda moeda tem o seu reverso. O estudo do ocultismo acrescenta muito como treinamento do pensamento, mas, lamentavelmente, muita gente, infectada pelo veneno do mistério e aspirando a resultados práticos sem possuir o conhecimento completo do que é preciso fazer e da maneira como é preciso fazê-lo, causa a si mesma um dano irreparável. A harmonia fica comprometida. É cem vezes melhor não fazer nada do que fazer sem saber. Gurdjieff.

Lembre-se de você mesmo, sempre e em toda parte. Gurdjieff.

É espantoso o quão pouco sabemos acerca das forças que resistem e se opõem a qualquer coisa que empreendemos. Ravi Ravindra.

A paciência é a mãe da vontade. Gurdjieff.

Amar o trabalho pelo trabalho e não pelo ganho. Gurdjieff.

Amo aquele que ama o trabalho. Gurdjieff.

Aquele que tiver se libertado da “doença do amanhã” terá uma chance de obter o que veio procurar aqui. Gurdjieff.

Ah!… amanhã!. Eu conheço bem essa doença. Eu sempre digo que o amanhã não existe. Somente o hoje. O que precisa ser feito, precisa ser feito hoje. No próximo dia é duas vezes mais difícil, e no outro dia, depois, é quatro vezes mais difícil. Você só pode contar com hoje. Gurdjieff.

Lembre-se de que aqui o trabalho não é um fim em si mesmo. É apenas um meio. Gurdjieff.

Se você não for dotado de espírito crítico, a sua presença aqui é inútil. Gurdjieff.

Jamais ignores os diferentes caminhos possíveis para chegares aonde te propuseste. Sun Tzu.

Nenhum sistema ou escola pode fazer pelo ser humano o trabalho que ele tem de fazer por si mesmo. Gurdjieff.

Só aquele que puder zelar pelo bem dos outros merecerá o seu próprio bem. Gurdjieff.

Se sua força crescer, sua fraqueza também crescerá, e ela se tornará uma força negativa, a menos que você aprenda como detê-la. Gurdjieff.

Se você ajuda os outros, você será ajudado. Talvez amanhã, talvez em cem anos, mas você será ajudado. A Natureza precisa saldar a sua dívida… É uma lei matemática. E toda a vida é matemática. Gurdjieff.

Há, porém, um outro aspecto da busca: o desenvolvimento de si. Vejamos um pouco como as coisas se apresentam nesse campo. É evidente que, entregue a si mesmo, um homem não pode aprender – por dá cá aquela palha – como se desenvolver a si mesmo e, muito menos, aquilo que precisamente deve desenvolver. Entretanto, pouco a pouco, ao encontrar pessoas que buscam, falando com elas, lendo livros sobre o desenvolvimento de si, ele é atraído para a esfera dessas questões. Mas o que vai encontrar aí? Primeiro um abismo de charlatanice desavergonhada, baseada inteiramente na avidez, no desejo de dar-se uma vida fácil mistificando as pessoas crédulas que procuram sair da sua impotência espiritual. … Se conseguir escapar desse primeiro atoleiro, o homem corre o risco de cair num novo pântano, o do pseudo conhecimento. A verdade lhe será servida de forma tão vaga e indigesta, que produzirá a impressão de um delírio patológico. Indicarão a ele a maneira de desenvolver poderes e capacidades ocultos que lhe darão, sem muito trabalho, o poder e o domínio sobre tudo, tanto sobre as criaturas animadas quanto sobre a matéria inerte e os elementos. Todos esses sistemas, baseados nas mais diversas teorias, são extraordinariamente sedutores, sem dúvida devido ao seu caráter vago. Gurdjieff.

Respeite todas as religiões. Gurdjieff.

Aqui podemos dar uma direção e criar condições – mas não ajudar. Gurdjieff.

 

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Foto: autoria desconhecida