Eu já reconhecera então, como fato inegável, que para além da fina película de falsa realidade existia outra realidade da qual, por alguma razão, algo nos separava. Ouspensky.

Se isto, a sua forma exterior, aparece para você maravilhosamente construída, lembre-se que ela não é nada se comparada à alma que habita esta estrutura; porque essa alma, certamente, seja ela o que for, é uma coisa divina. Leonardo da Vinci.

A alma foi criada num lugar entre o Tempo e a Eternidade: com seus mais altos poderes, ela toca a Eternidade, com seus mais baixos, o Tempo. Mestre Eckhart.

A primeira necessidade é a descoberta interior para saber o que se é verdadeiramente atrás das aparências sociais, morais, culturais, raciais, hereditárias. No centro há um ser livre, vasto, conhecedor, que se oferece à nossa descoberta e que deve tornar-se o centro agente de nosso ser, de nossa vida. Mira Alfassa, a Mãe.

Nossa vida visível e as ações desta vida não são mais que uma série de expressões significativas, mas aquilo que ela tenta expressar não está na superfície; nossa existência é algo bem maior que este ser frontal aparente que nós mesmos supomos ser e que oferecemos ao mundo em volta de nós. Aurobindo.

O corpo e a alma são interconectados e é impossível curar um deles quando a causa da doença reside no outro. Gurdjieff.

Somos a Eternidade viajando pelo Tempo, porém a natureza empurra a nossa cabeça para baixo, impedindo-nos de olhar para o céu. Mas um imã invisível atrai permanentemente a nossa alma para a sua origem. Paulo Raful e Lauro Raful.

A constituição dos seres humanos não é plana, mas se apresenta em níveis, em andares. Michel Conge.

A nossa verdadeira natureza, essa desconhecida que não pode ser nomeada porque não tem forma, pode ser sentida no intervalo entre dois pensamentos ou duas percepções. Esses momentos de parada constituem uma abertura para a presença que não tem fim, que é eterna. Normalmente, não conseguimos acreditar nisso, porque pensamos que tudo que é sem forma não é real. Assim, deixamos passar a possibilidade de experienciar o Ser. Mme de Salzmann.

No universo tudo é um. Só difere a escala. No infinitamente pequeno encontramos as mesmas leis que no infinitamente grande. “O que está embaixo é como o que está em cima”. Gurdjieff.

Você precisa ter uma conexão entre a cabeça e o corpo. Nenhum deles deveria ser mais forte do que o outro. Eles devem ter igual força. Então o sentimento surgirá. Mme de Salzmann.

Você não ama a si mesmo o suficiente, aquele ‘Si Mesmo’ que necessita e deseja emergir. Mme de Salzmann.

Todo o trabalho é estar relacionado com a energia mais alta, e deixá-la passar através de mim, mesmo quando em movimento. Mme de Salzmann.

Nenhuma natureza [das duas naturezas do homem, a superior e a inferior] está apta a unir-se à outra, porque um elemento de conexão de uma densidade, vitalidade ou qualidade de vibração intermediária, está faltando entre elas. Michel Conge.

Dentro do coração existe um centro de consciência, e dentro dele você pode enxergar o mundo inteiro. Aurobindo.

Devemos ver o céu como um plano de consciência acima do habitual e não como um lugar alto e distante. Paulo Raful e Lauro Raful.

Não fique em pé ao lado do meu túmulo, chorando, porque não estou lá, não estou dormindo. Sou os mil ventos que sopram, sou o brilho do diamante sobre a neve, sou a luz do sol sobre o grão amadurecido, sou a chuva mansa de outono. Não fique ao lado do meu túmulo, chorando, não estou lá, eu não morri. Ditado indígena.

O pensamento, o que quer que faça, jamais achará a ordem e a paz. O pensamento deve silenciar, para que se torne existente o Amor. Krishnamurti.

O templo de Deus está no interior da alma. Entre nessa quietude e sente-se, meditando, com a vela da intenção queimando no altar. Não há desassossego, não há busca, nem tensão, ali. Entre no interior da solitude. Yogananda.

Você vê esse lado, o lado mecânico, e sabe que existe alguma coisa do outro lado. O que pode fazer a conexão entre os dois? Algumas vezes é possível colocar a si mesmo no meio. Mme de Salzmann.

Todo ser humano tem nostalgia da perfeição, embora não compreenda isso claramente. Movido por esse impulso subterrâneo, procura inutilmente atendê-lo através de coisas, objetos, pessoas ou situações. Mas a alegria, a paz e a harmonia que buscamos não podem ser encontradas fora de nós mesmos. Paulo Raful e Lauro Raful.

A que você serve? Existe algo em você – uma energia mais alta – que merece respeito. Sem isso você serve apenas aos seus prazeres. Isso não quer dizer que você não deva considerar as necessidades do corpo ou da mente. A não ser que respeite e sirva à energia mais fina em você – que não é você – o trabalho aqui não tem sentido. Mme de Salzmann.

 

Entre em contato agora: escreva um e-mail para euclides@grupodecasais-busca-scsc.org

 

Foto: Robin Schreiner

 

2 comentários

  1. “Somos modos de Deus”, já disse Baruch Espinosa.

  2. Depoimento de uma Alma

    Eu não sou este corpo, eu não sou estes pensamentos, eu não sou esta identidade, eu não sou estas emoções e desejos, Eu Sou muito antes e muito além disto, Eu Sou uma Alma com origem nas estrelas.
    Sou, aqui neste plano, duas partes que nunca foram percebidas desta forma, pois, manifestada em um corpo, vivi quase sempre ofuscada pelas atribuições e pela imagem que a ele foram impostas, com base nos conceitos do local de sua origem.
    Estes aspectos que deveriam, tão somente, servir como aprendizado para a minha interação aqui, ganharam tal importância no psiquismo dos seres que habitam este planeta, que passaram a ser considerados como se fossem eternos, constituindo-se numa forma ilusória de poder, sendo, no entanto, a mais perversa situação de aprisionamento para todos eles, dada a transitoriedade da vida neste plano.
    Poucas foram as vezes em que tive a oportunidade de influir, e aconteceram em situações extremas quando, a valorização das coisas efêmeras, deu lugar a um sentimento real do que, de fato, é importante na correlação com a eternidade.
    Tenho, contudo, conseguido ampliar o meu espaço com muita vontade e perseverança, procurando me distanciar e me posicionar como observadora em todas as situações vividas no cotidiano.
    Com esta prática o corpo em que habito tem constatado que não está só, e este sentimento traz o conforto, a confiança e a claridade que sustentam a percepção dos limites da sua atuação, abrindo o caminho necessário para que eu possa expressar a minha luz.
    A repetição dessa experiência em freqüência cada vez maior, desperta nele a consciência da unidade da qual fazemos parte. Deixa, cada vez mais distante, o aprendizado que resulta na separatividade e que integra o que se estabeleceu há milênios, transmitido de maneira inconsciente pelos conceitos englobados na educação e nos costumes familiares aos quais é submetida toda a humanidade, diferenciando-se apenas, pelas características do local de onde são disseminados.
    Esta nossa nova forma de integração, está proporcionando a ele, o corpo, a verdadeira compreensão de seu papel e de sua importância no contexto do meu aprendizado e do meu caminho de volta para casa, para o mais alto, enfim, para as estrelas.

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