A – Introdução: variedade de formas de meditação

Em todos os tópicos que seguem, neste post e nos demais posts desta parte do site, estaremos tratando da meditação e do seu papel como um dos dois métodos globais para fomentar a potência mental.

A palavra meditação tem sido usada – desde há milênios e também ultimamente – por muitas escolas e correntes, e em muitos sentidos: esvaziar a mente; focar a atenção; buscar o silêncio; parar os pensamentos; alcançar o vazio; transcender o eu pessoal, a persona; chegar à consciência; e muitos outros sentidos, alguns até muito sofisticados.

Uma escola ou corrente de pensamento enfatiza mais um ou alguns desses sentidos; outra escola ou corrente enfatiza outro ou outros; e assim por diante.

E cada escola ou corrente propõe um modo diferente de praticar a meditação.

Não apenas cada escola ou corrente – repetimos, ao longo dos milênios e ainda ultimamente – privilegia um ou outro modo de praticar a meditação, como também afirma que o seu modo gera tais e quais benefícios, enquanto outro ou outros modos não os geram; etc.

Tem havido, inclusive, uma quantidade razoável de discussão – agora, já no século XXI – a respeito deste tema, ou seja, dos efeitos que a meditação gera, dependendo do tipo de meditação que se pratica.

Com o desenvolvimento das tecnologias que permitem detectar a atividade cerebral em várias partes do nosso sistema nervoso central, essa discussão tem entrado em detalhes realmente muito interessantes.

Desenvolvimentos mais recentes têm estudado e classificado as diversas ondas elétricas cerebrais resultantes da prática desse ou daquele tipo de meditação.

E além disso, alguns estudiosos afirmam que certos tipos de ondas cerebrais, gerados durante as meditações, estão associados ao modo como a nossa mente funciona ulteriormente, ou seja, na nossa vida diária, fora dos momentos de meditação.

Embora essas discussões sejam interessantíssimas e deveras importantes, não vamos nos dedicar a elas neste post.

Ao contrário, vamos adotar uma postura mais isenta – mais equidistante das várias principais tendências e correntes – justamente para podermos enfatizar o que consideramos ser mais relevante, e de caráter mais imediatamente prático sobre o assunto.

B – Benefícios da meditação

Quando falamos dos benefícios da meditação – seja comparando as formas de meditação entre si, como citamos no tópico anterior, seja enfatizando os benefícios gerais de qualquer uma delas, como faremos neste tópico – é bom que se tenha em mente que sempre estaremos nos referindo à prática competente da meditação.

Nenhuma corrente apregoa que se possa obter reais e substanciais benefícios da meditação, praticando-a superficialmente: por pouco tempo a cada vez, sem certa profundidade e sem constância. Voltaremos a este tema mais de uma vez nesta parte do site.

Por ora, queremos apenas dar umas rápidas pinceladas nos benefícios gerais que a meditação pode nos trazer.

Chamamos benefícios às mudanças para melhor no funcionamento das três bases – a bioenergética, a emocional e a mental – e, ainda, da parte mais elevada do nosso ser.

Benefícios físicos

Qualquer pessoa que comece a praticar meditação, e que seja relativamente bem sucedida nesta prática, logo percebe alterações importantes no funcionamento do seu corpo.

Percebe, desde os primeiros dias, que dorme melhor, respira melhor, o intestino funciona melhor, o corpo em média vive um pouco mais relaxado, tem menor compulsão para comer ou beber em excesso, etc.

Percebe ainda que tem mais disposição.

E aqueles que já persistem por um tempo um pouco maior, percebem também que têm maior vitalidade: imunologia mais forte, ficam doentes com menos frequência, etc.

Benefícios emocionais

Também no campo emocional ocorrem mudanças que podem ser percebidas logo desde o início, desde as primeiras semanas de prática:

    • maior calma perante situações potencialmente estressantes;
    • maior alegria geral na vida, e um humor mais leve, mais claro, menos ácido, menos amargo;
    • diminuição da força daquelas tendências emocionais restritivas: menos ciúme, menos acusação, menos desconfiança;
    • além disso, começam a despontar, ainda que de modo muito tênue, manifestações que são geralmente raras: a pessoa passa a perceber-se mais compassiva, mais tolerante, mais afetuosa, mais generosa, mais amável 

Benefícios mentais e a potência mental

Em parte devido às melhorias no nosso corpo e nas nossas emoções, mas em parte independentemente delas, a meditação gera os benefícios mentais, os quais nos conduzem diretamente à nossa meta aqui: a potência mental.

Todos aqueles aspectos do nosso mental já citados – pensamento, memória, etc. – passam a modificar-se, e são fortalecidos na direção que aponta para a potência mental.

É claro que aqui, no mundo mental, as mudanças ocorrem mais vagarosamente.

Enquanto podemos notar efeitos físicos em poucos dias, e efeitos emocionais em poucas semanas, aqui, no mundo mental, precisamos de um pouco mais de tempo para notar mudanças nítidas: talvez dois ou três meses, se tudo correr bem, e dentro de um bom programa de dedicação.

Note que acabamos de voltar uma vez mais à questão da dedicação.

Havíamos falado sobre isso um pouco mais acima neste tópico, e cá estamos nós, de novo, tocando neste tema.

A realidade é que o nosso Ser se adapta com incrível facilidade às condições em que vivemos.

Se passamos a consumir certos tipos de alimento por um período, e depois deixamos abruptamente de fazê-lo, o nosso corpo se ressente.

Se temos convívio prolongado com alguém de quem gostamos – um sobrinho, um amigo, etc. – e abruptamente nos distanciamos da pessoa, o nosso emocional se ressente: sentimos falta, sentimos saudade, etc.

E assim por diante.

O mesmo ocorre com a meditação. O nosso Ser acostuma-se, digamos assim, com as vivências que temos durante as meditações. E depois as emulam, as imitam durante o dia, quando já não estamos mais meditando.

Quando passamos um bom período de dias meditando, percebemos que durante o dia, enquanto estamos envolvidos em outras atividades da nossa vida cotidiana – trabalhando, estudando, passeando – repetindo, percebemos que aquelas sensações e vivências que nos ocorriam durante a meditação, passam a apresentar-se também no meio do dia.

Isso é maravilhoso, é um presente dos deuses.

Mas só acontece quando mantemos certa dedicação, certa constância, certa duração em cada sessão, etc.

C – Ondas mentais, campos magnéticos e os benefícios extraterrestres da meditação

Falamos, linhas atrás, no tópico Asobre as ondas elétricas cerebrais.

Elas são conhecidas e comentadas pela ciência contemporânea desde o início do século XX, mas ganharam enorme impulso no último quarto de século, em função do desenvolvimento das tecnologias.

O estudo dos diferentes tipos de ondas cerebrais, e de suas relações com as atividades mensuráveis da nossa mente, é de particular interesse, como já falamos. Mas aqui queremos destacar outra face desse assunto.

É o fato de que as ondas cerebrais – como de resto, todas as atividades elétricas, correntes ou ondas – geram campos magnéticos. E isto nos interessa de modo muito particular.

Porque, como já dissemos e estamos repetindo, as ondas cerebrais, modificadas pela prática competente da meditação, melhoram as nossas competências mentais terrestres; relembrando: pensamento, memória, concentração, percepção, linguagem, etc.

Mas os campos magnéticos, gerados por essas mesmas ondas cerebrais, mudam, por sua vez, os nossos poderes mentais extraterrestres, a sabercompreensão, verdadeira vontade, consciência, intuição, telepatia, clarividência, premonição, etc.

E são justamente estes poderes mentais extraterrestres, que acabamos de citar, que podem realmente nos distanciar dos símios e dos outros seres humanos comuns, e nos igualar, ou até nos colocar à frente, dos anjos.

Em outras palavras: esses campos magnéticos nos permitem o acesso à cobertura do nosso ser, conforme a imagem que vimos no post Estrutura e Funções do Ser Humano. Em outras palavras ainda: esses campos magnéticos nos permitem o acesso ao Nosso Ser Maior.

Se você está considerando seriamente tudo o que estivemos falando até agora neste post, a esta altura já poderá estar se perguntando:

“Se a meditação é tão poderosa, porque há tão pouca gente se dedicando a ela de maneira efetivamente competente e persistente?”.

Dito de outro modo: “porque há tão pouca gente se dedicando com competência e persistência suficientes a ponto de se auferir todos os enormes benefícios da meditação aqui citados?”.

E a nossa resposta à essa pergunta é muito simples: devido às dificuldades da meditação.

Este tema, o das dificuldades da meditação, tem para nós tamanha importância que dedicaremos o próximo post integralmente a ele.

D – Conclusão: a meditação é um dos métodos principais para a potência mental

Neste post começamos a nos dedicar ao tema da meditação.

Falamos o quanto ela é recomendada – desde há milênios – pelas inúmeras escolas e correntes de desenvolvimento interior.

Além disso, elencamos os benefícios da meditação;

  • os benefícios terrestres, ou seja, as melhorias nas competências da nossa base mental;
  • e os benefícios extraterrestres, ou seja, as possibilidades que nos são abertas pelo acesso à cobertura do nosso Ser.

E colocamos a questão: se a meditação é tão meritória, por que existe tão pouca gente que se dedique a ela de modo consistente e competente?

E dissemos que isso se deve às dificuldades da meditação, tema que tratamos no post correspondente. 

 

E então, o que você nos diz? Há alguma passagem deste post que impactou você de maneira mais contundente? Você gostaria de usufruir daqueles benefícios, terrestres e extraterrestres, que esboçamos? Enfim, nota em você o entusiasmo suficiente para continuar estudando esse assunto nos próximos posts?

 

 Entre em contato agora: escreva um e-mail para euclides@grupodecasais-busca-scsc.org

 

Foto: Mestre Li Hongzhi / autoria desconhecida

2 comentários

  1. O texto foi de grande valor, pois tenho grande dificuldade de me concentrar em algo. Vou botar em prática o que aprendi.

  2. Ótimas recomendações de como podemos usar a nossa potência de mentalização. Bora, praticar.

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